segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Editorial



Era quase fim de domingo e minha família estava calmamente reunida na sala vendo TV (Se bem que Mariana docemente insiste em exercitar as atitudes de uma criança de 7 meses descobrindo o mundo). De repente toca o telefone.

Do outro lado e separado por milhares de quilômetros de distância, um oceano e três anos temporais, uma voz modificada pelo sotaque tipicamente europeu me saúda com uma intimidade comum somente aos amigos mais chegados; e que ironia que este, ainda que freqüentemente reaproximado de mim pelas lembranças alegres do passado, esteja tão longe.

A visita de outro irmão fugido iniciou a conversa, mas uma separação por tempo e espaço tão prolongados deixa abertas brechas para assuntos de qualquer tipo. É como ir a um restaurante pouco se importando com o prato principal, pois o real atrativo é o tempero; no nosso caso, o tempero da conversa é a saudade, e que saudade não é “Bira”?

Ai se não fossem as limitações econômicas impostas pela tarifação das chamadas... Esse papo duraria horas; são muitas as afinidades e o momento parecido da vida também ajuda: família, trabalho, sonhos, mas de tema em tema, de assunto em assunto, algo muito particular chamou-me a atenção: no timbre trêmulo da voz havia vestígios nítidos de nostalgia... A brisa marinha que permeia as noites trazia claramente imagens de momentos vividos outrora e o desejo intenso que tais momentos se repitam num futuro breve, muito breve.

Havia real sentido de valor em cada momento citado, cada segundo vivido ao lado dos amigos, da família e no contato semanal com os colegas. A presença física estava sacrificada por decisões importantes para a vida, porém havia a chamada “Presença de espírito”! Gilvan era capaz de significar todas as ações vividas em campo durante as partidas, coisas essas avaliadas por alguns como coisas simples, de pouco ou nenhum sentido. Matematicamente falando, meu irmão Tibira dava peso 10 a questões avaliadas por outros como peso 1; outros ainda as julgariam como questões de múltipla escolha, aquelas que a gente chuta no final.

Algumas resoluções depois, é hora de dizer: Beijo na filhinha, abraço na esposa, até breve!

Terminada a ligação (Lembra da tal limitação econômica da qual falei acima?) corri para os sites das empresas aéreas para ver se havia algum pacote promocional de passagens para a Europa. Até informei que minha idéia era fretar uma nave para uma viagem em grupo intentando ver se eles barateavam os custos, mas as propostas foram muito elevadas considerando meu perfil econômico em relação a quanto estou interessado neste projeto. Que projeto? Um intercâmbio internacional de valores! O que é isso?

Vamos lá: Pensei em enviar alguns conhecidos meus para um curso de “Valorização à distância”! Percebi na conversa com Birinha o quanto este istmo que nos separa é capaz de fazê-lo olhar para o que aqui temos de graça e de bom grado com olhos diferentes e, nesse momento, tão necessários à manutenção do espetáculo sabatino pelos que aqui estão. Quis fugir do clichê “Só dá valor quem perde”, pois não cabe a Gilvan; o sentimento de hoje só muda na quantidade, não na qualidade, mas a outros, vai saber... Talvez esta experiência nos dissesse! Será que a distância seria capaz de fazer alguém entender a diferença entre Adversário e Inimigo? Será que esta mesma distância seria capaz de ensinar a qualquer um de nós quão diferentes são as palavras Preço e Valor, Colegas e Amigos, Resultado e Aprendizado? Repito: Vai saber... Mas valeria a pena tentar.

Como insisto que tal plano é suficientemente viável, já tomei algumas atitudes para consumar este objetivo, dentre elas, aumentar minha freqüência nos jogos de loteria, rifas e raspadinhas, tudo em prol do bem coletivo (E olha que a Mega acumulou outra vez)! A saber ainda, me apeguei a todos os santos e a fé de qualquer natureza; nas três dobras da minha fitinha do Senhor do Bomfim ou nas preces diárias ao meu bom DEUS há um só pedido: Passagens internacionais a R$ 1,99. Impossível? Vai saber rsrs...

Eu aqui vou tentando, fazendo a minha parte, acreditando que, melhor que a sorte nos números ou a grandeza de uma oração atendida é o bom senso e a capacidade de enxergar grandiosidades nas pequenas coisas, a percepção de que os momentos de maior valor não têm preço, de que o abraço de um colega não se compara ao ombro de um amigo e de que não existe resultado que importe se, com ele, não vier o aprendizado.

Lições difíceis de aprender? Vai saber...

6 comentários:

  1. EU PERGUNTEI A DAMASCENO, ELE DISSE QUE JA LEVOU ESSA FOTO PRO BAHIA MEIO DIA, NO QUADRO DESAPARECIDOS. MAS NEM SINAL !!!!

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  2. PARA HIRO


    DE ONDE SAIU ESSA FOTO VEI?KKKKKKK Ó P TRUTA...KKKKKKK HIROO AGRADEÇO IMENSO PELA MATÉRIA,ESTOU MUITO FELIZ EM SABER Q O BABA CONTINUA ATIVO E C FÉ EM DEUS MUITO EM BREVE ESTAREMOS JUNTOS AE,P COMPARTILHAR ESSE NOSSO MOMENTO,Q ALGUNS AINDA N VALORIZAM TANTO,COMO DISSE, MAS Q C CERTEZA É DE GRANDE VALOR NA HISTORIA DA NOSSA VIDA.OBRIGADO MESMO... SEM PALAVRAS...AGRADECIMENTOS TB A JAIRO POR JUNTAMENTE C VC MANTER ESSES NOSSOS ENCONTROS DE PÉ.(baba de sabado).VALEWWWW MESMO... SAUDADESSSS CHEGO JÁ!!! RSRSS

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  3. FOGO PAH!!!! NAO TINHA UMA FOTINHA MELHOR DO MEU MARIDO NAO HIRO?MEU MARIDO NAO É TAO FEIO ASSIM...BOA MATÉRIA...MAS A FOTO HUM... TADINHO DO MEU VEINHO...RSRSRRR

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  4. Para Andréa e Bira

    Essa foto é a que melhor representa a saudade do nosso Birinha... Nessa ele estava aqui e, por isso, creio ser a foto certa, ainda que não esteticamente falando rsrs

    Abraços

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  5. Quanta falta seus lançamentos de longa distância para vários gols meu me faz. Hoje dependo de Luciano para isso(Por sinal o faz muito bem). Um abraço e apareça irmão.

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  6. PARA VAN

    aé né seu sacaninha rsrsrs ce gostava né rsrsrsrs... valewww véi segura a peteca ae q logo to na area p gente continuar a fazer gol de qualidade!!!rsrsrsrsrs saudadesss abraçosssss

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